Nanotecnologia & ST Primer

A nanotecnologia é uma das ciências que vão estourar nos próximos 10 anos. E não precisa ser um vidente para saber disso, basta olhar aonde nós estávamos 10 anos atrás e aonde estamos agora.

Com aplicações em praticamente todos os campos das ciências, da mecânica à medicina, as propriedades especiais dos materias construídos em nanoescala surpreendem pesquisadores costantemente ao produzir materias super condutores, super isolantes, super lubrificantes, enfim, muitas coisas "super". Incluindo as super pequenas, como máquinas que provavelmente trarão a cura o câncer em alguns anos, destruíndo células problemáticas individualmente.

Agora a minha pergunta para você: aonde está a nanotecnologia hoje? Quais são os materiais, componentes e produtos que já estão disponíveis fora dos grandes centros de pesquisa para o uso de consumidores normais? Gostaria de saber a opinião de vocês.

Pelo menos um deles eu já respondo: os acelerômetros, que são os sensores de aceleração. Eles estão em muitos lugares, dos air-bags dos carros aos iPhones. Essencialmente eles são MEMS, Máquinas Micro Eletro Mecânicas. Alguns deles não são exatamente "nano" internamente, mas já se encaixam no perfil das soluções mecânicas desenvolvidas dentro do chip, em silício.

Eu estou com um kit de desenvolvimento da ST Microelectronics voltado para o STM32F103, um microcontrolador de 32bit com núcleo ARM Cortex, que traz como periférico integrado na placa um acelerômetro de 3 eixos, além de algumas coisinhas, como um display colorido de 128x128 pixel.

É bem interessante trabalhar com estes sensores, que não estão usualmente disponíveis na loja da esquina. Acabei não resistindo e escrevi uma aplicação para medir e plotar no display as acelerações no eixo X, Y e Z. Quem assiste a Fórmula 1 já deve ter visto um medidor que costuma aparecer na câmera on-board, medindo a aceleração nos eixos X e Y. A idéia foi a mesma.

Se você observar direitinho vai ver além da cruz vermelha, indicador no eixo X e Y, uma barrinha azul, indicador do eixo Z. A diferença é que ajustei o X e Y para ficar no zero (centro) quando em repouso na horizontal e o eixo Z para ficar em cima da linha do eixo X quando a aceleração for de 1G (~9.8 m/s²). Inclinando o sensor a aceleração da gravidade passa a ser decomposta entre os outros vetores, fazendo os indicadores mudarem de posições e sendo possível calcular a inclinação atual (pelo menos aonde tiver gravidade...). Mais detalhes sobre o conjunto no futuro review no Eletronica.org.

Enfim, o tópico começou com nanotecnologia e terminou com o acelerômetro, meio bagunçado. Mas ainda fica a pergunta: o que você conhece que usa nanotecnologia e já está no mercado?

ps.: o acelerômetro propriamente dito é aquele chip preto próximo ao canto inferior esquerdo do display.

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